DESCONFIANÇA NAS AUTORIDADES
Em termos materiais (aqui estão excluídas as perspectivas religiosas), você acredita (e confia):
. no lucro e na estabilidade da sua empresa?
. no salário mensal e na estabilidade do seu emprego?
. nas suas propriedades?
. no seu casamento?
. nas promessas do seu namoro?
. nos seus familiares?
. nos seus amigos?
. nas autoridades de uma forma geral?
Neste contexto, seria razoável uma funcionária grávida (nos Estados Unidos) ter descontado o tempo que passava no banheiro e - um mês após o nascimento do filho – ser demitida (tudo feito em nome de um discurso de eficiência e produtividade)?
Autoridades. Dois comandantes abandonaram os seus navios durante os naufrágios, um na Itália e outro, mais recente, na Coreia do Sul.
Na mesma Coreia, um acidente no metrô deixou vários feridos. Motivo? As pessoas não seguiam as recomendações dadas pelos autofalantes por não confiarem nas autoridades.
A maioria associou o acidente no metrô ao naufrágio na Coreia quando o comandante, enquanto fugia, tranquilizava e avisava a tripulação, pelos autofalantes, que todos deveriam ficar nos seus lugares (o resultado foram dezenas de mortos).
A desconfiança, antes, recaía corretamente sobre os ditadores, como Suddam Hussein e Muammar Kadhafi. Ela é agora, com os exemplos dos naufrágios, generalizada, independe de Ocidente ou Oriente, país rico ou país pobre, um problema geral da nação ou um problema localizado (como num navio).
É difícil encontrar pessoas (com alguma formação) que acreditam nas versões oficiais dos governantes ou dos líderes para explicar os problemas. Basta citar dois exemplos recentes: alguém acredita que o “mensalão” nunca existiu (como o ex-presidente Lula afirmou numa TV de Portugal) ou que não existem agentes russos infiltrados na crise da Ucrânia, com o uso de armas sofisticadas, no intuito de desestabilizar o país e favorecer movimentos separatistas que reivindicariam que suas regiões fossem anexadas à Rússia?
O novo expansionismo russo, agora sob a liderança de Vladimir Putin, não possui uma economia de país desenvolvido. A sua força está, porém, no seu arsenal nuclear. Em 2003, a Rússia possuía 10.000 bombas nucleares, enquanto os Estados Unidos possuíam 10.656. Os outros (poucos) países associados ao arsenal nuclear mundial seriam: China (402 bombas), França (348), Israel (200), Inglaterra (185), Paquistão (entre 30 e 50) e Índia (entre 30 e 50). (Die Atomarsenale – Staaten im Besitz von kernwaffen. Der Spiegel, 26.1.2004, p. 98)
O jogo expansionista atual de Vladimir Putin pode trazer consequências para todo o mundo caso a crise seja radicalizada e termine num conflito nuclear. Para aqueles que acreditam que seria impossível acontecer uma guerra nuclear de grandes proporções, sugiro que leiam sobre a crise dos mísseis em Cuba em outubro de 1962. Além disto, entre os países possuidores de armas nucleares estão o Paquistão e a Índia. O risco não é pequeno na região dos dois países muçulmanos na medida que trata-se de uma área em que ocorrem guerras e constantes conflitos.
Os líderes mundiais (assim como os comandantes dos navios) avisariam que (“obviamente”) não existiriam riscos e que o futuro da humanidade estaria garantido (mesmo se isso fosse verdade, ainda existira a surpresa desagradável que a Rússia recebeu de um meteoro – não previsto pelos cientistas – em 2013).
Acreditar neste tipo de garantia não tem nada a ver com uma postura realista. Na verdade, isso seria um tema de uma outra forma de conhecimento, o teológico, quando a ferramenta fundamental estaria baseada na fé.
Em termos materiais (aqui estão excluídas as perspectivas religiosas), você acredita (e confia):
. no lucro e na estabilidade da sua empresa?
. no salário mensal e na estabilidade do seu emprego?
. nas suas propriedades?
. no seu casamento?
. nas promessas do seu namoro?
. nos seus familiares?
. nos seus amigos?
. nas autoridades de uma forma geral?
Neste contexto, seria razoável uma funcionária grávida (nos Estados Unidos) ter descontado o tempo que passava no banheiro e - um mês após o nascimento do filho – ser demitida (tudo feito em nome de um discurso de eficiência e produtividade)?
Autoridades. Dois comandantes abandonaram os seus navios durante os naufrágios, um na Itália e outro, mais recente, na Coreia do Sul.
Na mesma Coreia, um acidente no metrô deixou vários feridos. Motivo? As pessoas não seguiam as recomendações dadas pelos autofalantes por não confiarem nas autoridades.
A maioria associou o acidente no metrô ao naufrágio na Coreia quando o comandante, enquanto fugia, tranquilizava e avisava a tripulação, pelos autofalantes, que todos deveriam ficar nos seus lugares (o resultado foram dezenas de mortos).
A desconfiança, antes, recaía corretamente sobre os ditadores, como Suddam Hussein e Muammar Kadhafi. Ela é agora, com os exemplos dos naufrágios, generalizada, independe de Ocidente ou Oriente, país rico ou país pobre, um problema geral da nação ou um problema localizado (como num navio).
É difícil encontrar pessoas (com alguma formação) que acreditam nas versões oficiais dos governantes ou dos líderes para explicar os problemas. Basta citar dois exemplos recentes: alguém acredita que o “mensalão” nunca existiu (como o ex-presidente Lula afirmou numa TV de Portugal) ou que não existem agentes russos infiltrados na crise da Ucrânia, com o uso de armas sofisticadas, no intuito de desestabilizar o país e favorecer movimentos separatistas que reivindicariam que suas regiões fossem anexadas à Rússia?
O novo expansionismo russo, agora sob a liderança de Vladimir Putin, não possui uma economia de país desenvolvido. A sua força está, porém, no seu arsenal nuclear. Em 2003, a Rússia possuía 10.000 bombas nucleares, enquanto os Estados Unidos possuíam 10.656. Os outros (poucos) países associados ao arsenal nuclear mundial seriam: China (402 bombas), França (348), Israel (200), Inglaterra (185), Paquistão (entre 30 e 50) e Índia (entre 30 e 50). (Die Atomarsenale – Staaten im Besitz von kernwaffen. Der Spiegel, 26.1.2004, p. 98)
O jogo expansionista atual de Vladimir Putin pode trazer consequências para todo o mundo caso a crise seja radicalizada e termine num conflito nuclear. Para aqueles que acreditam que seria impossível acontecer uma guerra nuclear de grandes proporções, sugiro que leiam sobre a crise dos mísseis em Cuba em outubro de 1962. Além disto, entre os países possuidores de armas nucleares estão o Paquistão e a Índia. O risco não é pequeno na região dos dois países muçulmanos na medida que trata-se de uma área em que ocorrem guerras e constantes conflitos.
Os líderes mundiais (assim como os comandantes dos navios) avisariam que (“obviamente”) não existiriam riscos e que o futuro da humanidade estaria garantido (mesmo se isso fosse verdade, ainda existira a surpresa desagradável que a Rússia recebeu de um meteoro – não previsto pelos cientistas – em 2013).
Acreditar neste tipo de garantia não tem nada a ver com uma postura realista. Na verdade, isso seria um tema de uma outra forma de conhecimento, o teológico, quando a ferramenta fundamental estaria baseada na fé.