MERCADO NEGRO DE TRABALHOS UNIVERSITÁRIOS
Conheço professores que fazem trabalhos para alunos de faculdades. É antiético. É ilegal. Trata-se de um mercado negro. Quem compra está errado e quem faz também. Existem histórias de títulos de mestres caçados por serem cópias literais de livros. Isso sem falar em reprovações diante de uma banca pública de mestrado ou de doutorado.
Os anúncios aparecem em todos os lugares, desde os corredores das universidades até em jornais de circulação nacional, como o Jornal do Brasil.
Imagino que com “a caça aos professores doutores” depois de 2007, provavelmente, tenha diminuído o mercado nesta área. Contudo, não deve ter mudado muita coisa na graduação tanto no que diz respeito aos trabalhos semestrais quanto aos TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso).
Pensava que isso ocorria só no Brasil. Ingenuidade, claro. Em Portugal, Patricia Cruz Almeida, em 2011, alertava para o problema:
“A massificação dos doutoramentos, que triplicaram em dez anos, abriu a porta ao negócio. Hoje, quem quiser acabar o curso sem queimar as pestanas tem a vida facilitada. O negócio de venda de teses prolifera no país e há quem faça disso uma forma de vida. Em troca, prometem profissionalismo e – o mais importante – sigilo.”*
Com a crise atual na Europa – que atingiu inclusive os doutores – talvez o quadro esteja um pouco diferente. Entretanto, o essencial do problema permanece: apresentar – em seu nome!! - um trabalho pronto feito por outra pessoa (se foi pago ou não, seria secundário).
Algo diferente seriam as revisões. Elas são até recomendadas pelos orientadores. São normalmente pagas por página. Aqui vale a ressalva que revisor não é autor. Qualquer trabalho final é de inteira responsabilidade do aluno, seja na graduação, no mestrado ou no doutorado.
(*) Patricia Cruz Almeida. Pediram-nos 6 mil euros por uma tese de doutoramento. Diário As Beiras.14-11-2011. http://www.asbeiras.pt/2011/01/pediram-nos-6-mil-euros-por-uma-tese-de-doutoramento/
Conheço professores que fazem trabalhos para alunos de faculdades. É antiético. É ilegal. Trata-se de um mercado negro. Quem compra está errado e quem faz também. Existem histórias de títulos de mestres caçados por serem cópias literais de livros. Isso sem falar em reprovações diante de uma banca pública de mestrado ou de doutorado.
Os anúncios aparecem em todos os lugares, desde os corredores das universidades até em jornais de circulação nacional, como o Jornal do Brasil.
Imagino que com “a caça aos professores doutores” depois de 2007, provavelmente, tenha diminuído o mercado nesta área. Contudo, não deve ter mudado muita coisa na graduação tanto no que diz respeito aos trabalhos semestrais quanto aos TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso).
Pensava que isso ocorria só no Brasil. Ingenuidade, claro. Em Portugal, Patricia Cruz Almeida, em 2011, alertava para o problema:
“A massificação dos doutoramentos, que triplicaram em dez anos, abriu a porta ao negócio. Hoje, quem quiser acabar o curso sem queimar as pestanas tem a vida facilitada. O negócio de venda de teses prolifera no país e há quem faça disso uma forma de vida. Em troca, prometem profissionalismo e – o mais importante – sigilo.”*
Com a crise atual na Europa – que atingiu inclusive os doutores – talvez o quadro esteja um pouco diferente. Entretanto, o essencial do problema permanece: apresentar – em seu nome!! - um trabalho pronto feito por outra pessoa (se foi pago ou não, seria secundário).
Algo diferente seriam as revisões. Elas são até recomendadas pelos orientadores. São normalmente pagas por página. Aqui vale a ressalva que revisor não é autor. Qualquer trabalho final é de inteira responsabilidade do aluno, seja na graduação, no mestrado ou no doutorado.
(*) Patricia Cruz Almeida. Pediram-nos 6 mil euros por uma tese de doutoramento. Diário As Beiras.14-11-2011. http://www.asbeiras.pt/2011/01/pediram-nos-6-mil-euros-por-uma-tese-de-doutoramento/