POLÊMICAS January 24, 2012
Karl Marx sempre incomodou tanto as elites como os intelectuais. Foi o caso de Michel Foucault, que foi aluno de Louis Althusser e por indicação do professor publicou o seu primeiro livro, Maladie Mentalie et Personalité, em 1955.
A primeira edição desse livro, Foucault que seria um dos grandes teóricos nietzscheanos, afirmava:
“(…) as relações sociais que a economia atual determina sob as formas da concorrência, da exploração, das guerras imperialistas e das lutas de classes oferecem ao homem uma experiência de seu meio que que a contradição assombra sem cessar.” (p. 86, Apud, Didier ERIBON, Michel Foucault, p. 82)
Para quem leu somente as obras mais importantes de Foucault, como As Palavras e As Coisas, A História da Sexualidade e Vigiar e Punir, jamais poderia imaginar que um dia ele teria utilizado termos tão marxistas como exploração, guerras imperialistas e lutas de classes.
Posteriormente, no seu livro História da Loucura, o filósofo francês já recusaria citar Marx, mesmo quando era necessário, como quando ele cita “as casas de correção ou de trabalho” (p. 58) e ignora completamente a longa e correta análise do pensador alemão sobre o assunto, no livro O Capital.
De acordo com a biografia de Didier Eribon, Foucault tinha relações problemáticas com o pai e com a homossexualidade. Parece que sua postura diante da teoria marxista poderia ser citada nesse contexto.
Quanto ao Althusser, no final da vida, ele assassinou e esposa e foi internado como louco. Com base nestes fatos, muitos desconsideraram completamente a sua influência entre os intelectuais nas décadas de 1950 e 1960. A sua leitura de Marx estava equivocada. Entretanto, a sua tentativa de aproximar o marxismo com o estruturalismo permitiu, de certa forma, o abandono do stalinismo, caminho escolhido por muitos teóricos na segunda metade da década de cinqüenta. Um outro caminho – e mais adequado – foi a revisão feita pelos historiadores ingleses – como Eric Hobsbawm e E. P. Thompson – após a revelação dos crimes de Stalin.
Althusser influenciaria, indiretamente, os movimentos do pós-estruturalismo e da Nova História, apesar da recusa desses intelectuais de admitir a importância de Marx. Michel Foucault teria um papel relevante neste contexto, sobretudo a partir da década de 1970.
Karl Marx sempre incomodou tanto as elites como os intelectuais. Foi o caso de Michel Foucault, que foi aluno de Louis Althusser e por indicação do professor publicou o seu primeiro livro, Maladie Mentalie et Personalité, em 1955.
A primeira edição desse livro, Foucault que seria um dos grandes teóricos nietzscheanos, afirmava:
“(…) as relações sociais que a economia atual determina sob as formas da concorrência, da exploração, das guerras imperialistas e das lutas de classes oferecem ao homem uma experiência de seu meio que que a contradição assombra sem cessar.” (p. 86, Apud, Didier ERIBON, Michel Foucault, p. 82)
Para quem leu somente as obras mais importantes de Foucault, como As Palavras e As Coisas, A História da Sexualidade e Vigiar e Punir, jamais poderia imaginar que um dia ele teria utilizado termos tão marxistas como exploração, guerras imperialistas e lutas de classes.
Posteriormente, no seu livro História da Loucura, o filósofo francês já recusaria citar Marx, mesmo quando era necessário, como quando ele cita “as casas de correção ou de trabalho” (p. 58) e ignora completamente a longa e correta análise do pensador alemão sobre o assunto, no livro O Capital.
De acordo com a biografia de Didier Eribon, Foucault tinha relações problemáticas com o pai e com a homossexualidade. Parece que sua postura diante da teoria marxista poderia ser citada nesse contexto.
Quanto ao Althusser, no final da vida, ele assassinou e esposa e foi internado como louco. Com base nestes fatos, muitos desconsideraram completamente a sua influência entre os intelectuais nas décadas de 1950 e 1960. A sua leitura de Marx estava equivocada. Entretanto, a sua tentativa de aproximar o marxismo com o estruturalismo permitiu, de certa forma, o abandono do stalinismo, caminho escolhido por muitos teóricos na segunda metade da década de cinqüenta. Um outro caminho – e mais adequado – foi a revisão feita pelos historiadores ingleses – como Eric Hobsbawm e E. P. Thompson – após a revelação dos crimes de Stalin.
Althusser influenciaria, indiretamente, os movimentos do pós-estruturalismo e da Nova História, apesar da recusa desses intelectuais de admitir a importância de Marx. Michel Foucault teria um papel relevante neste contexto, sobretudo a partir da década de 1970.